
Lamento pedir-te, caro Deus, que pegues num lenço para limpar as lágrimas que subitamente te irão aparecer depois de leres mais uma profecia minha.
Preparado? Pois muito bem.
A realidade é nua e crua. O amor, aquele que toda a gente sente, que tu próprio sentes, não é obra da falta de ar no coração, ou um aperto no peito, obra minha, digo divina. É, simplesmente, uma reacção química por mim criada como um jogo de computador.
Os meus súbditos cientistas descobriram a Feniletilamina (um dos mais simples neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram a associá-la ao sentimento de amor. E eu, que desde que vos criei, programei tudo isso.
Adiante.
Ela é uma molécula natural semelhante à anfetamina e os meus súbditos suspeitam que a sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos. Uma espécie de affair da feniletilamina com o amor teve início com uma teoria proposta pelos médicos Donald F. Klein e Michael Lebowitz (génios que eu tão bem programei). Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades de feniletilamina e que esta substância poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que vocês, pequenos deus, sentem quando estão apaixonados. A Dra. Helen Fisher demonstrou que a inconstância, a exaltação, a euforia, e a falta de sono e de apetite associam-se a altos níveis de dopamina e norepinefrina, estimulantes naturais do cérebro. Alguns pesquisadores afirmam que tu, ou vocês, humanos, inalam continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamadas Feromonas. Actualmente, vocês classificam de evidência intrigante e controversa o simples facto de comunicar com sinais bioquímicos inconscientes. Aqueles génios que defendem a existência das feromonas baseiam-se em evidências, mostrando a presença e a utilização de feromonas por espécies tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios, todos criados por mim, Monsenhor.
As feromonas podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e outras coisas. Mas só agora é que vocês, pequenos deuses, percebem o quão permanentemente emitem informações acerca das vossas preferências sexuais e desejos mais obscuros?
Diz-se pois, que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias controvertidas. As feromonas – atesto – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. Como o orgasmo. À medida que vocês se tornam dependentes da pessoa que eu tive o gozo que vos fazer amar, a cada ausência mais prolongada, vocês dizem-se "apaixonados" – a ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromonas. Com ou sem feromonas, é um dado que desde já deixo por adquirido, que a sensação de "amor à primeira vista" relaciona-se significativamente às grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo.
Voltamos à questão inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química ?O amor por cima das teorias. Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação de que a evolução, por algum motivo, modificou os vossos genes humanos, permitindo que o amor não-associado à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há aproximadamente 10.000 anos. Não me lembro da data, porém, não sofro de Alzheimer. Vocês, pequenos deuses homens, passaram realmente a amar as mulheres, e algumas delas passaram a olhar os homens como algo mais além de máquinas de proteçcão. Com respeito a todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reaçcões químicas e moléculas citoplasmáticas divinas que criei, cito afinal, que deve haver algo mais entre o meu céu e a vossa terra...
Preparado? Pois muito bem.
A realidade é nua e crua. O amor, aquele que toda a gente sente, que tu próprio sentes, não é obra da falta de ar no coração, ou um aperto no peito, obra minha, digo divina. É, simplesmente, uma reacção química por mim criada como um jogo de computador.
Os meus súbditos cientistas descobriram a Feniletilamina (um dos mais simples neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram a associá-la ao sentimento de amor. E eu, que desde que vos criei, programei tudo isso.
Adiante.
Ela é uma molécula natural semelhante à anfetamina e os meus súbditos suspeitam que a sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos. Uma espécie de affair da feniletilamina com o amor teve início com uma teoria proposta pelos médicos Donald F. Klein e Michael Lebowitz (génios que eu tão bem programei). Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades de feniletilamina e que esta substância poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que vocês, pequenos deus, sentem quando estão apaixonados. A Dra. Helen Fisher demonstrou que a inconstância, a exaltação, a euforia, e a falta de sono e de apetite associam-se a altos níveis de dopamina e norepinefrina, estimulantes naturais do cérebro. Alguns pesquisadores afirmam que tu, ou vocês, humanos, inalam continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamadas Feromonas. Actualmente, vocês classificam de evidência intrigante e controversa o simples facto de comunicar com sinais bioquímicos inconscientes. Aqueles génios que defendem a existência das feromonas baseiam-se em evidências, mostrando a presença e a utilização de feromonas por espécies tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios, todos criados por mim, Monsenhor.
As feromonas podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e outras coisas. Mas só agora é que vocês, pequenos deuses, percebem o quão permanentemente emitem informações acerca das vossas preferências sexuais e desejos mais obscuros?
Diz-se pois, que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias controvertidas. As feromonas – atesto – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. Como o orgasmo. À medida que vocês se tornam dependentes da pessoa que eu tive o gozo que vos fazer amar, a cada ausência mais prolongada, vocês dizem-se "apaixonados" – a ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromonas. Com ou sem feromonas, é um dado que desde já deixo por adquirido, que a sensação de "amor à primeira vista" relaciona-se significativamente às grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo.
Voltamos à questão inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química ?O amor por cima das teorias. Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação de que a evolução, por algum motivo, modificou os vossos genes humanos, permitindo que o amor não-associado à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há aproximadamente 10.000 anos. Não me lembro da data, porém, não sofro de Alzheimer. Vocês, pequenos deuses homens, passaram realmente a amar as mulheres, e algumas delas passaram a olhar os homens como algo mais além de máquinas de proteçcão. Com respeito a todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reaçcões químicas e moléculas citoplasmáticas divinas que criei, cito afinal, que deve haver algo mais entre o meu céu e a vossa terra...